Criamos, através de interações positivas entre todos os intervenientes nos processos de aprendizagem, um ambiente consistente e agradável que promova um espírito crítico, proactivo e inquiridor. Defenderemos uma educação que respeite a individualidade de cada criança e que permita potenciar os seus dons.
Inspirámo-nos em várias referências para fundamentar o trabalho que realizamos: Célestin Freinet, José Pacheco, Lev Vygotsky, Paulo Freire, Rudolf Steiner, entre outros. Contudo, são as crianças que moldam as nossas práticas na procura de um ensino mais humano que respeite os seus ritmos, numa visão que promove o contacto com a Natureza e assume a importância, para a aprendizagem, dos laços professor-aluno.
Inspira-nos, também, a proposta de uma escola refletida em comunidade, nas assembleias de escola, nos planos de trabalho individual, nas produções dos alunos, nos grupos de responsabilidade que se envolvem e participam ativamente na gestão diária de um espaço que se quer que seja de todos.
Pretendemos construir um projeto pedagógico cujos processos são participativos, inclusivos, transdisciplinares, colaborativos e transformantes, assumindo sempre o aluno como sujeito que aprende, mas que também ensina.

O PROJETO
Na Academia, propomo-nos implementar um conjunto de práticas pedagógicas que surgirão a partir dos interesses das crianças e do pressuposto que todas elas encerram em si a curiosidade e as capacidades necessárias à aprendizagem.

Criado o ambiente necessário de confiança e afetividade, será natural que as crianças queiram trazer para este espaço de aprendizagem um conjunto de conhecimentos e experiências prévias que facilmente serão ampliados pela partilha, cooperação e colaboração que naturalmente existem nesta fase do seu desenvolvimento.

Sabemos que, numa atividade do interesse da criança, ela autorregula-se, foca-se na tarefa, descobre-se a si mesma, ganha consciência das suas potencialidades e torna-se responsável pelas suas aprendizagens. A curiosidade individual permitirá alcançar outras conquistas que só farão sentido se refletirem as suas experiências pessoais. Ela será o motor das aprendizagens que deverão acontecer em contexto de vivências reais, em comunidade, tornando-se assim mais significativas. A sala ou a escola nunca serão per se um local de aprendizagem. A espontaneidade, o brincar e o jogo são, muitas vezes, o ponto de partida para o desenvolvimento de competências - «Podemos aprender brincando, não brincamos para aprender».

O currículo nacional será o ponto de partida de aprendizagens efetivas e significativas, construídas a partir de experiências pessoais, seguindo uma metodologia de trabalho de projeto, num espaço estruturado de modo a que todos possam trabalhar com todos. As atividades escolares desenvolvem-se em pequenos grupos de alunos com interesses comuns e juntos, alunos e professores, definem um plano de trabalho numa lógica de projeto e de equipa. Será sempre privilegiada a avaliação processual da evolução nas diferentes dimensões do percurso escolar (linguística, lógico-matemática, naturalista, identitária e artística, pessoal e social).